Brasília, sexta-feira, 17 de abril de 2009 - 15:26
CRISE DO ENSINO PRIVADO
Alunos da FTB protestam em frente ao MEC
Fonte: SAEP, com agências
Vestidas de preto, cerca de 50 pessoas fizeram um apitaço e pressionaram durante à tarde até serem recebidas pelo ministro da educação, Fernando Haddad
Um grupo de estudantes da Faculdade da Terra de Brasília (FTB) protestou, nesta quinta-feira (16), em frente ao Ministério da Educação (MEC). Durante a reunião com o ministro Fernando Haddad, os alunos buscaram respostas para uma série de questões administrativas e propuseram saídas.
Haddad ouviu as sugestões e prometeu acompanhar o caso com atenção. Uma das reivindicações dos alunos é a intervenção do governo na faculdade.
Luiza de Souza, aluna do quinto semestre de biologia, deveria se formar no fim deste ano, mas, está pessimista. Além de não saber quando vai concluir o curso, busca informações para saber se manterá ou não o direito de ter os estudos custeados pelo crédito estudantil.
"Se a faculdade fechar, não sei se vou perder a bolsa. Tenho medo do que pode acontecer", lamenta a aluna. Os alunos temem perder o ano letivo e o dinheiro investido nas mensalidades.
Procurada pelo Correio, a FTB não se manifestou. Em sua página na internet, a instituição mantém um comunicado oficial informando que apesar da paralisação dos funcionários, "a qualquer momento as aulas podem voltar".
O MEC decidiu criar uma comissão técnica que ficará encarregada de levantar os prováveis motivos que levaram a FTB a fechar as portas. Um grupo de especialistas deverá visitar, nesta sexta-feira (17), um dos campi da instituição. As aulas estão suspensas há três semanas.
Professores e auxiliares de administração escolar estão com salários atrasados, pendências no recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), férias e 13º salário.
A FTB oferece 11 cursos, conta com cerca de 120 professores, 150 auxiliares de administração escolar, e aproximadamente 2 mil alunos.
O Sindicato dos auxiliares de administração escolar do Distrito Federal, SAEP, juntamente com o sindicato dos professores, Sinproep, e os estudantes, tentam negociar com os donos da faculdade uma solução que regularize todas as pendências administrativas e financeiras da instituição.
Os alunos pretendem recorrer ao Ministério Público e aos órgãos de defesa do consumidor. "Tem casos de alunos que pagaram o semestre inteiro antecipadamente. Essas pessoas precisam reaver o dinheiro o quanto antes", afirmou uma aluna da FTB.
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