Brasília, sexta-feira, 2 de dezembro de 2011 - 14:41
CRISE ECONÔMICA
Governo reduz IPI e IOF para estimular consumo e investimentos
Fonte: Carta Capital
No total das desonerações divulgadas nesta quinta-feira 1º, o governo assumiu renúncia fiscal de cerca de 2,761 bilhões de reais, de acordo com a Receita Federal
Para ajudar o Brasil a enfrentar a crise mundial, o governo federal decidiu reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de eletrodomésticos da chamada linha branca. A ideia é estimular a produção e a criação de emprego.
O IPI do fogão, por exemplo, cairá de 4% para zero. A geladeira terá o imposto reduzido de 15% para 5% e a máquina de lavar, de 20% para 10%. No caso de máquinas de lavar semiautomáticas (tanquinhos), a redução será de 10% para 0%.
As medidas também valem para os estoques nas lojas e vão vigorar até 31 de março de 2012 e abrangem apenas os produtos com índice de eficiência energética classe A.
O governo reduzirá ainda o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado sobre o financiamento ao consumo de 3% para 2,5%, anunciou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A medida visa incentivar o consumo e ampliar os investimentos no País.
Com a resolução, o governo deixará de arrecadar 130 milhões de reais em dezembro com a redução do IOF cobrado no crédito para a pessoa física.
No total das desonerações divulgadas nesta quinta-feira 1º, o governo assumiu renúncia fiscal de cerca de 2,761 bilhões de reais, de acordo com a Receita Federal.
No caso da redução do IPI da linha branca, a renúncia fiscal é 164 milhões de reais, até o dia 31 de março de 2012, prazo de validade da medida.
Essa fórmula foi a mesma usada em 2008 pelo governo Lula para conter a crise econômica iniciada nos Estados Unidos.
O economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) Julio Gomes de Almeida avalia como muito boas as medidas. Segundo ele, é preciso lembrar que o consumo interno caiu nos últimos meses e que o governo está agindo com cautela para não deixá-lo cair ainda mais.
"Não podemos esquecer que o Banco Central baixou a taxa de juros na última quarta-feira 31. Essa medida é independente das anunciadas hoje, mas vai na mesma direção de estimular o consumo, que caiu significativamente nos últimos meses. Nossa situação não tem a gravidade dos países europeus, o mercado de consumo continua bom, mas vinha mostrando sinais de fraqueza crescente", disse.
Para o economista, o consumo vai aumentar, mas é preciso cuidado para que esse efeito não seja muito forte a ponto de alimentar a inflação.
"Para evitar isso, o governo tem outras ações, como reduzir outros impostos e dar incentivos maiores, além de ampliar e facilitar o crédito. É um jogo de tentativa e erro em que a política econômica vai procurando aumentar o consumo".
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