Brasília, quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016 - 11:6 | Atualizado em: 16 de fevereiro de 2016
INVISIBILIDADE SOCIAL
Roubo e morte no Rogá; esqueceram os auxiliares
Violência atinge mais assalariados, que ficam mais expostos às mazelas sociais
Muito tem se falado a respeito de mais um crime comum nas sociedades capitalistas: o latrocínio, roubo seguido de morte. O assassinato de Eli Roberto Chagas, no dia 2 de fevereiro, no estacionamento do Colégio Rogacionista, no Guará 2, quadra 38, chocou as pessoas.
Por ter a vítima e o próprio local um perfil típico de classe media emergente, a imprensa dá destaque sensacionalista, como sempre. Nas periferias, a tragédia que envolve a morte de pobres, trabalhadores, jovens, negros, crianças, não chama tanta atenção da mídia. Não comove, não vende jornais, não dá audiência.
Todo crime deveria chocar, indignar e conscientizar a sociedade!
A imprensa, ao cobrir o fato ocorrido em frente ao Rogacionista destaca a preocupação da comunidade, dos pais dos alunos, da direção da escola e até dos alunos com a violência. No entanto, esqueceram-se dos trabalhadores e trabalhadoras da instituição, os auxiliares da educação, que fazem o Rogacionista funcionar diariamente.
Esta categoria de trabalhadoras e trabalhadores, até pelos seus baixíssimos salários, condições de trabalho e de vida, está muito mais sujeita e vulnerável a todo tipo de violência e precisa ser lembrada.
Para viver numa sociedade menos violenta é preciso olhar para todos os aspectos e atitudes que moldam os valores da vida social. Olhar para todos os seguimentos. Os auxiliares em educação fazem parte dessa vida social.
O SAEP lembra este fato, pois para variar, a cobertura do fato pela imprensa ignorou esta questão elementar. A violência atinge mais e de forma mais virulenta os assalariados, os mais pobres, que ao fim e ao cabo ficam mais expostos às mazelas sociais de uma sociedade excludente, injusta, desigual e desequilibrada como a brasileira.
O SAEP está atento e vai agendar reunião com os trabalhadores e trabalhadoras do Rogá para discutir, entre outras questões de interesse da categoria, esse problema da segurança no local de trabalho.
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