Brasília, quarta-feira, 15 de junho de 2016 - 11:28 | Atualizado em: 16 de junho de 2016
EFEITOS DO GOLPE
Ex-ministro do Trabalho denuncia golpe
Fonte: Agência Sindical
Ex-ministro do Trabalho fala sobre o governo golpista e ilegítimo de Temer
Ex-ministro do Trabalho do governo Dilma e secretário-geral do PDT, Manoel Dias, esteve em São Paulo, para falar com ativistas e movimentos do partido. O evento também serviu para relançar a Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini, órgão de formação. A Agência Sindical cobriu o encontro e entrevistou o político. Confira:
Golpe segue novo padrão
"O Brasil e a democracia sofreram um golpe. Não o tradicional, com derramamento de sangue, mas um golpe desfechado pelas velhas forças conservadoras, apoiadas em forte aparato midiático. É uma espécie de renascimento do udenismo e do lacerdismo."
Ingerência internacional
"Naturalmente, o Brasil é um líder continental. Essa condição incomoda os Estados Unidos, que nos querem em seu quintal. Um dos acertos dos governos petistas foi a política externa, valorizando os parceiros regionais e fazendo da China nosso principal aliado comercial."
Derrotado é o campo popular
"A subida de Temer e do conservadorismo representam uma nova derrota para o campo popular. A esquerda mostrou escasso poder de articulação e de resistência. Isso impõe ao campo popular a obrigação de reforçar suas ações e repensar a estratégia."
Os que foram à rua estão excluídos
"Temer monta o governo interino sem qualquer diálogo com a sociedade, mesmo com os que foram às ruas cobrar mudanças no Brasil. Mal ou bem, essa gente queria mudanças, mas quem assumiu não deu qualquer atenção a esses manifestantes. Claro que isso gera uma forte frustração."
Defesa da legalidade é nossa bandeira
"Ao firmar posição contra a saída de uma presidente eleita pelo voto, mais que apoiar um governo desgastado, o PDT reafirmou seu compromisso com a legalidade. Sem respeito à legalidade e sem as garantias da democracia, o povo não tem como se manifestar e o trabalhador não pode reivindicar."
Brizola, mesmo com a liderança que tinha, foi desconstruído por uma sistemática campanha da grande mídia, aliada do capital local e do capitalismo internacional. Acabou sua vida como um político sem votos.
A desconstrução agora mira o ex-presidente Lula e esse processo ainda não tem um fecho previsível. No campo popular, vejo chances em Ciro Gomes, que tem uma leitura correta do processo político e uma visão madura a respeito do papel do Estado. Porém, ele será observado, fiscalizado e seguido por um batalhão de jornalistas."
Nacionalismo - Falou também no evento o dirigente estadual da Fundação e membro do diretório nacional do PDT, Lúcio Maluf, para quem a ausência da questão nacional no PT fragilizou o projeto de poder do partido. Em sua avaliação, a centralidade da questão nacional é o que mantém vivo o trabalhismo.
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