Brasília, terça-feira, 26 de setembro de 2023 - 18:53 | Atualizado em: 11 de outubro de 2023 - 8:1
Informações relevantes sobre a decisão do Supremo em relação à contribuição assistencial
Essa taxa é completamente diferente da chamada contribuição sindical. O percentual de contribuição da assistencial é definido em assembleia, com direito de oposição, dos não inscritos na entidade sindical

A contribuição assistencial foi constitucionalizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em decisão tomada na primeira quinzena de setembro. Essa determinação está fundada no fato de a convenção ou acordo coletivo beneficiar a todos na categoria profissional ou econômica.
Assim, é devida a contribuição sindical por todos da categoria, sindicalizados ou não, com direito à oposição. O percentual de desconto é definido pelos trabalhadores, em assembleia geral, convocada com esse objetivo.
Diferença entre a assistencial e a sindical
A contribuição assistencial é completamente diferente da chamada contribuição sindical. O percentual de contribuição da assistencial é definido em assembleia, com direito de oposição dos não inscritos na entidade sindical.
A sindical, cujo desconto era obrigatório e significava 1 dia de trabalho de todos os trabalhadores, não tem direito à oposição. Essa contribuição compulsória foi tornada opcional a partir da sanção da Reforma Trabalhista — Lei 13.467/17.
Importante informar que a decisão do STF se deu em razão da erosão da situação financeira dos sindicatos, pois a opcionalidade da contribuição sindical fez com que a receita dos sindicatos tenha caído entre 80 e 90%. A propósito, o objetivo era exatamente este, enfraquecer ou desmantelar os sindicatos por meio da inanição financeira.
Consórcio patronal contra os sindicatos
Patrões, empresários, mercado e capital, com beneplácito da grande mídia — TV, rádio, jornais e redes digitais dos grandes conglomerados de mídia —, se juntaram ao Congresso Nacional, governo Temer (2017), e o Poder Judiciário para tentar destruir os sindicatos, instituição sem a qual os trabalhadores não teriam direitos.
São os sindicatos que lutam por direitos, sua manutenção e ampliação.
Não fossem os sindicatos de trabalhadores, os assalariados teriam que pagar para trabalhar, ou o povo teria de andar com tubo de oxigênio, porque o ar que se respira seria cobrado. Porque no capitalismo tudo vira mercadoria.
Revisão do Supremo
Com a revisão do STF, a contribuição assistencial, a partir da publicação do acórdão, passará a ser devida por todos, mas com direito à oposição.
Leia também:
Por 10 a 1, Supremo autoriza taxa assistencial para sindicatos https://www.diap.org.br/index.php/noticias/agencia-diap/91518-decisao-unanime-do-stf-autoriza-taxa-assistencial-para-sindicatos
Que está por trás do debate sobre o financiamento sindical? https://www.diap.org.br/index.php/noticias/agencia-diap/91505-que-esta-por-tras-do-debate-sobre-o-financiamento-sindical
Últimas notícias
Isenção do IR até R$ 5 mil é vista como primeiro passo para justiça tributária, debate segue no Senado
16/10 - 12:28 |
Entre a blindagem e o povo: o erro de prioridade da Câmara
16/10 - 10:22 |
Câmara aprova pacote simbólico para educação no Dia do Professor
16/10 - 10:16 |
Mínimo sobe para R$ 1.631 em 2026, alta nominal de 7,44% sobre piso atual
15/10 - 15:8 |
Paim defende novo Estatuto do Trabalho para conter efeitos da automação
Notícias relacionadas
Pejotização: falso empreendedorismo que ameaça o trabalho e a proteção social
8/10 - 15:27 |
Blindagem, impunidade e anistia: o retrato da direita no Brasil
7/10 - 21:47 |
Da CLT ao CNPJ: sindicatos reagem no STF à desumanização do trabalho, com a pejotização
7/10 - 21:34 |
Pejotização ameaça Previdência: perdas passam de R$ 180 bi em 2 anos, alertam autoridades no STF
7/10 - 21:25 |
Pejotização é “cupinização” do trabalho, diz advogado-geral da União ao STF