MANUTENÇÃO DA CIDADE
Em busca de solução para o Plano Piloto
GDF e comunidade debatem problemas urbanos das asas Sul e Norte
Uma parceria entre o Governo do Distrito Federal e a comunidade do Plano Piloto promete solucionar o problema da deterioração das calçadas nas asas Sul e Norte.
A ideia é que moradores invistam em manutenção e, em contrapartida, recebam descontos em impostos. O projeto deve ser estendido para manutenção de fachadas e quadras esportivas.
O desafio foi feito, na manhã de ontem, em um café da manhã da Residência Oficial de Águas Claras que contou com a presença de 80 prefeitos e presidentes dos conselhos comunitários.
O governador José Roberto Arruda pediu à administradora de Brasília, Ivelise Longhi, que elabore uma minuta de projeto para levar à Câmara Legislativa.
“Quem quiser participar da reconstrução de fachadas, calçadas e quadras esportivas, por exemplo, poderão ajudar. O interessante é que teremos mais agilidade em relação aos recursos”, disse Ivelise.
De acordo com a administradora, existe uma boa expectativa em relação a este projeto. “Pelo pouco tempo que tive para conversar com as pessoas, vi que a ideia foi bem recebida. É um formato de trabalho bacana”, considerou.
Plano Piloto iluminado
A iluminação pública também foi tema de debate na reunião. Segundo o governador, as obras de iluminação previstas anteriormente serão realizadas.
As quadras 702, 703 e 704 da Asa Sul já receberam a visita da CEB, assim como as quadras 402 e 403 da Asa Norte.
Segundo Ivelise, a Companhia está avaliando as necessidades de cada quadra em campo. “Eles vão até o local, fazem a poda das árvores e depois verificam quais postes precisam de manutenção”, explicou a administradora.
O comércio irregular e a permanência de pousadas clandestinas nas quadras 700 da Asa Sul é outro motivo de preocupação. Para reforçar a fiscalização, o governo pediu ao Tribunal de Justiça a atuação de oficiais de justiça com fiscais do governo.
De acordo com o secretário de Ordem Pública e Social, Roberto Giffoni, os órgãos envolvidos na Operação Choque de Ordem estão planejando as ações no Plano Piloto.
“Isso vai nos possibilitar até entrar nos imóveis para caracterizar o funcionamento clandestino das pousadas”, explica Giffoni.
Na tentativa de disfarçar os estabelecimentos, segundo Giffoni, os proprietários chegam a pedir aos hóspedes que digam que são parentes ou amigos do dono da casa, tiram placas e deixam o movimento para a porta dos fundos.
Giffoni afirma ainda que, no caso dos ambulantes que insistem em permanecer nas ruas do Plano Piloto, postos permanentes deverão intensificar a fiscalização.

