PARALISAÇÃO
Greve dos metrôviários do DF pode ter início nesta quarta-feira (20)
Se não houver avanço nas negociações com a companhia, a paralisação vai ser por tempo indeterminado
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Após a última ameaça ocorrida na sexta-feira (15), os metrôs devem mesmo parar nesta quarta-feira (20).
O SindMetrô-DF se reuniu nesta segunda (18) com a direção da companhia para tentar uma negociação e terça (19), às 20h, na praça do relógio, haverá uma assembleia para decidir pela greve ou não.
Mas, a categoria já adiantou que, caso não haja avanço nas negociações, eles irão paralisar as atividades por tempo indeterminado e somente 30% da frota deve continuar em funcionamento.
A notícia da greve não agrada aos 160 mil passageiros que precisam do meio de transporte para trabalhar, estudar etc.
Para Marcelo Nunes, 28 anos, que reside em Águas Claras e trabalha no Setor comercial Sul, o metrô é a melhor alternativa para os moradores sentido Samambaia e Taguatinga.
"É o meio de transporte mais rápido para quem trabalha no plano piloto. Não tem congestionamento e nesses tempos de chuva é mais seguro. Se o metrô parar vai me prejudicar muito, os ônibus aqui em Brasília infelizmente não conseguem suprir as minhas necessidades" afirma o enfermeiro.
Faltam empregados no setor
O Sindicato dos metroviários vive uma situação complicada. Diariamente funcionários saem da companhia para outros órgãos e, com isso, faltam empregados em quase todas as áreas do metrô, deixando o quadro defasado.
Por essa razão, não se pode apenas contratar os empregados do cadastro de reserva do concurso de 2009, é necessário a contratação imediata de todos os aprovados.
De acordo com o orgão, o novo PES (Plano de empregos e salários) que a empresa insiste em implantar precisa de modificações como a unificação de cargos, o desvio de função, redução do reajuste por tempo de serviço, a acomodação de empregados em níveis de escolaridade diferenciados do concurso publico sem a elaboração de decreto específico, entre outros.
De acordo com o secretário de assuntos jurídicos Antônio Felipe, a reunião de ontem tratou de assuntos como a necessidade de um concurso público urgente, redução de quarenta para trinta horas na carga de trabalho por semana em caráter provisório para que não haja terceirização, o retorno da polícia Metroviária ao corpo de segurança operacional e punições àqueles que perseguem funcionários.
Histórico da greve
A categoria anunciou o primeiro indicativo de greve na quarta-feira (13/10), quando marcaram a paralisação para a meia noite de quinta-feira (14/10).
No entanto, nesse mesmo dia, o Metrô divulgou nota e apontou interesse em atender a demanda da categoria.
A greve, então, foi adiada e os metroviários iniciaram uma reunião com a direção do Metrô e com um representante do governo na sexta-feira (15/10), que será retomada nesta quarta (19).

