UNIÃO DOS TRABALHADORES
Centrais sindicais convocam paralisação para o dia 11 de julho
Conheça as nove bandeiras gerais consideradas fundamentais na atual conjuntura de reivindicações populares no Brasil
Num momento histórico para o país, uma decisão também histórica para os trabalhadores: nesta quarta-feira (26), as oito centrais sindicais brasileiras – CTB, CUT, UGT, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas e Força Sindical – anunciaram a realização conjunta de uma série de paralisações no dia 11 de julho com o intuito de pressionar o governo e o empresariado a aprovar as reivindicações trabalhistas.
A posição das centrais foi levada na quinta-feira (27) à presidenta Dilma Rousseff, que recebeu os dirigentes sindicais em Brasília.
A data da paralisação foi definida como Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, a partir do lema "Pelas liberdades democráticas e pelos direitos dos trabalhadores".
Também foram determinadas nove bandeiras gerais, consideradas fundamentais na atual conjuntura de reivindicações populares no Brasil e as quais, além de incorporar as manifestações das ruas, mostrando o apoio do movimento sindical às mobilizações legítimas da sociedade, representam a luta democrática pelos direitos trabalhistas:
- fim do fator previdenciário;
- 10% do PIB para a saúde;
- 10% do PIB para a Educação;
- redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salários;
- valorização das aposentadorias;
- transporte público e de qualidade;
- reforma agrária;
- mudanças nos leilões de petróleo;
- rechaço ao PL 4330, sobre terceirização.
Essa lista será entregue à presidenta Dilma. Depois, as centrais voltarão a se reunir para definir os detalhes das paralisações no dia 11 de julho, incluindo a regionalização dos atos, para afetar, ainda que por algumas horas, todos os principais centros produtivos do país.
Para o secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro, esta é uma demonstração da capacidade de articulação dos trabalhadores e do movimento sindical, contribuindo e dando um rumo progressista à mobilização das ruas.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, também defendeu a unidade e o diálogo com a sociedade, a fim de unir as reivindicações das ruas à pauta dos trabalhadores e impulsionar conquistas.

