PARALISAÇÃO RELÂMPAGO
Ônibus param de circular e prejudicam cerca de 300 mil pessoas
CB
Os 2,3 mil ônibus que compõem a frota do Distrito Federal ficaram parados nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (10).
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, cerca de 300 mil pessoas, que utilizam o transporte logo cedo, foram prejudicadas.
Os funcionários se reuniram em assembleia nas garagens para discutir a greve geral, anunciada para a próxima segunda-feira (14).
Ainda segundo o sindicato da categoria, todos os veículos, que normalmente operam a partir de 5h, começaram a circular por volta de 7h.
Apesar disso, os ônibus que saem da garagem do P Sul permaneciam estacionados por volta de 8h10.
As paradas de ônibus de várias cidades do DF ficaram lotadas de gente, que aguardava para ir ao trabalho ou para a escola.
No Riacho Fundo, a opção para quem tem carro e normalmente sai de casa de ônibus foi tirar o veículo da garagem.
Com isso, por volta das 7h30 o engarramento dentro da cidade estava bem maior do que o registrado em dias normais.
Na Rodoviária do Plano Piloto, as pessoas aguardavam nas baias, sem ônibus.
Muitas delas foram para a lateral, ao lado do Eixo Monumental, no sentido Rodoferroviária, com o intuito de tentar carona ou mesmo embarcar em carros de passeio que aproveitaram a paralisação dos ônibus para fazer transporte irregular.
Vários carros paravam por ali e logo ficavam cheios, a procura foi bastante intensa.
De acordo com o diretor do sindicato da categoria, Lúcio Lima, o objetivo da paralisação relâmpago desta manhã foi informar aos representantes dos rodoviários e aos funcionários sobre o andamento das negociações.
Além disso, foi uma forma de pressionar os empresários a atender as reivindicações dos rodoviários.
Lima destaca que, apesar de a greve geral, marcada para o próximo dia 14, ter sido decidida no último domingo (6), as empresas ainda não se manifestaram para tentar um acordo.
Segundo ele, caso não haja negociações, a frota irá parar na semana que vem – apenas 30% dos veículos irão circular, como previsto em lei.
O Transporte Coletivo de Brasília (TCB) é, segundo o sindicato, a única empresa que não vai aderir à greve.
Reivindicações
O principal desejo da categoria, segundo o diretor do sindicato, é um reajuste salarial de 20%, além de aumento igual no tíquete cesta básica.
Os rodoviários reivindicam ainda plano de saúde, licença maternidade, fim da obrigatoriedade da jornada extra e renovação da frota de ônibus com motor traseiro.

