MERCADO DE TRABALHO
Problema do turismo é a falta de valorização do profissional
Auxiliar de administração escolar e diretor do SAEP, Miguel Augusto Júnior, fala sobre as dificuldades de reconhecimento de sua profissão. Para ele, que é coordenador do curso de turismo, regulamentação pode aumentar a procura pelo curso
 
						
			    			Diretor do SAEP, coordenador e turismólogo, Miguel Augusto Júnior
A formação e a experiência faz com que o profissional de turismo, além de uma bagagem cultural, tenha uma estabilidade financeira para desempenhar seu trabalho.
Mas, a viagem não é útil sem o conhecimento teórico. Para o turismólogo, Miguel Augusto Júnior, o grande problema do turismo hoje é a não compreensão e valorização por parte das pessoas que não estão ligadas diretamente à área.
Ele atua na área há cinco anos. Além de ter uma empresa de recreação, a Recreativo, Lazer e Entretenimento, Miguel é coordenador do curso de turismo em uma faculdade particular.
O profissional acredita que com o reconhecimento da profissão aumentará a procura pelo curso.
"Na faculdade em que trabalho, esse já é o terceiro semestre que não abrimos novas turmas", conta o turismólogo.
Segundo o Miguel, isso acontece porque a profissão não é prestigiada e em vários campos do turismo não é preciso que tenha o diploma para exercer o cargo.
"Em um evento, por exemplo, é importante que a recepcionista seja graduada em Turismo. Mas eu nunca encontrei uma turismóloga para essa vaga", exemplifica Miguel.
De acordo com o coordenador, o ramo de hotelaria é um dos mais procurados. Isso porque a carreira nesse setor é bastante promissora. Miguel diz que a área de eventos também é boa para quem aposta e trabalha no ramo.
"Infelizmente, não há muitos investimentos e quando existe, ele cai no esquecimento, ocasionando descuido e desprezo. É o caso de alguns monumentos abandonados de Brasília".
Além de coordenador de curso e turismólogo, Miguel é, atualmente, diretor do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SAEP).
Profissão do futuro
De forma geral, a maioria das pessoas acredita que o turismo será a profissão do futuro ou que é simplesmente uma fonte de retorno financeiro para o País.
Esquecendo a importância de um profissional especializado. O diretor da agência de turismo MS Turismo, Dalton Craveiro, disse que essa profissão é atual, mas que faltam profissionais especializados.
"Temos duas vagas em aberto na empresa. Já fiz entrevista com três pessoas, mas não consegui encontrar ainda o perfil que preciso", comenta Dalton.
Mas, independente do setor, para qualquer turismólogo é essencial saber pelo menos duas línguas fluentes. Para trabalhar em agências de turismo, não é necessário atualmente ser diplomado.
Alterada sexta-feira (16), para correção de informações.

