FTB terá que resolver impasse até dia 15

Se o prazo não for cumprido, será aberto um processo que pode culminar no descredenciamento da faculdade. Auxiliares e docentes só vão trabalhar se os débitos forem pagos

Fonte: Com Correio Braziliense

SAEP

Os quase 2 mil alunos da Faculdade da Terra de Brasília (FTB) estão sem aula há quase 40 dias. A paralisação dos professores em 30 de março começa a comprometer o calendário escolar. Auxiliares de administração e docentes estão com salários atrasados e garantem que só voltam ao trabalho se os débitos forem quitados.

Os auxiliares de administração aprovaram paralisação dos trabalhos desde o dia 1° de abril, após assembléia geral realizada com o Sindicato da categoria, SAEP.

Há três semanas, o Sindicato dos Professores em Estabelecimento Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep) pediu intervenção do Ministério da Educação (MEC) no caso. De acordo com o ministério, uma comissão foi formada com professores, auxiliares e alunos, e ficou acordado que a FTB deve apresentar uma solução para o impasse até 15 de maio.

Caso o prazo não seja cumprido, será aberto um processo administrativo que pode culminar no descredenciamento da faculdade.

"Estão cheios de promessas e nós continuamos sem aula", reclama a aluna de letras Rita de Cássia Marcellos, de 27 anos. Fabiana Lima, de 30 anos, terminou o mesmo curso no fim de 2008 e não consegue pedir o diploma.

Uma auxiliar membro da comissão, informou à presidente do SAEP, Maria de Jesus da Silva, que em reunião terça-feira (5) com a direção da Soebras, a representante da entidade, em Brasília, Elaine Fagundes, garantiu que até sexta-feira (8) todos os pagamentos serão quitados e na segunda-feira (11) a faculdade volta a funcionar normalmente.

"Eles [a direção da Soebras] afirmam que dinheiro para fazer os pagamentos tem, só falta assinar os documentos", disse a auxiliar.

A representante da Soebras foi apresentada na reunião como parte integrante da direção da Faculdade da Terra de Brasília.

Alguns auxiliares de administração, dos setores de atendimento ao aluno e da biblioteca voltaram ao trabalho, nesta quarta-feira (6), em escala de revezamento.

Porém, até agora, não se pronunciou oficialmente sobre as negociações com a Soebras. A representante da entidade, Elaine Fagundes, foi procurada e disse que não falará do assunto até sexta (8).