EDUCAÇÃO
Adulto analfabeto que aprende a ler aumenta a renda em cerca de 10%
O Centro de Microeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizou o estudo "Efeitos da alfabetização de adultos sobre salário e emprego", que revela dados sobre a relação entre alfabetização e aumento de renda.
O levantamento teve como base de dados a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2006 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ouviu mais de 1,6 milhão de pessoas das regiões metropolitanas do Rio, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Salvador.
Desse total, os pesquisadores da FGV fizeram um recorte e levaram em conta os dados referentes às pessoas entre 25 e 65 anos de idade com até um ano de escolaridade.
O trabalho apontou que um adulto analfabeto que aprende a ler e escrever tem um aumento em torno de 10% em sua renda. Entre aqueles que são empregados formais - ou seja, com carteira assinada - o número passa para cerca de 15%.
Segundo a avaliação, o retorno financeiro é ainda maior no caso das mulheres: 17%, sendo essa diferença mais acentuada quanto mais velho for o indivíduo. Se para pessoas de 46 a 60 anos é de 15%, o retorno financeiro para as mulheres nessa faixa etária é de cerca de 25%.

