VULNERABILIDADE
Ministério constata que dengue atinge mais as crianças e os idosos
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa, essa tendência é resultado da recirculação de alguns tipos de vírus da dengue, como o sorotipo 2
Apesar de qualquer pessoa, de qualquer faixa etária, estar sujeito a contrair dengue, crianças e idosos têm sido vítimas frequentes da doença.
Das 310 mortes registradas no primeiro semestre deste ano, 73 foram de doentes com menos de 15 anos de idade (23,5%).
Dos 8.102 casos graves no mesmo período, foram identificados 2.794 em crianças e adolescentes (34%). E, desde 2008, pelo menos 25% dos pacientes internados em decorrência da dengue têm menos de 15 anos de idade.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, essa tendência é resultado da recirculação de alguns tipos de vírus da dengue, como o sorotipo 2.
Ele explica que as crianças não tiveram contato com esses vírus no passado e, por isso, são mais vulneráveis a contrair a doença. "Os adultos tiveram contato com o vírus e ficaram protegidos, as crianças não", disse.
Como os sintomas da dengue são semelhantes aos de outras viroses, fica mais difícil diagnosticar a doença no estágio inicial.
Segundo os médicos, a falta de diagnóstico precoce acaba favorecendo o desenvolvimento da forma grave da dengue.
Para evitar mortes de crianças e complicações decorrentes da doença, o ministério decidiu distribuir um guia aos profissionais de saúde para que aumentem os cuidados com quem apresenta sintomas de dengue.
Os idosos também sofrem com a dengue. Sem informar dados específicos dessa faixa etária, Barbosa disse que o número de casos graves e mortes relacionadas à doença tem crescido desde o ano passado.
"O idoso tem uma doença cardíaca ou diabetes grave. A dengue pode descompensar essa outra doença," explicou.

