Governo faz empréstimo para adquirir mais trens para o metrô

Investimentos, expansão e troca de sistema operacional. A modernização do serviço prestado pelo Metrô-DF começa hoje com a concessão de empréstimo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Governo do Distrito Federal (GDF).

O valor do contrato é de R$ 260,3 milhões. E será usado para a compra de 12 trens, com quatro carros cada. Com isso, o sistema metroviário brasiliense passará a contar com 32 veículos de transporte sobre trilhos. Poderá atender até 2011 cerca de 300 mil pessoas por dia, o dobro da quantidade atual.

A assinatura do convênio ocorrerá na sede da empresa fabricante dos trens — a Alstom — , em São Paulo. Participarão da solenidade o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

"Se não aumentarmos a frota agora, o metrô não vai comportar a demanda. É imprescindível que sejam comprados maios carros, até porque terá um maior número de estações no DF", afirmou Fraga.

Os investimentos — o total alcança R$ 325 milhões — fazem parte do Plano de Expansão do Metrô-DF (1) para o período 2009-2011. O projeto prevê a conclusão da Linha 1, hoje com 42km de extensão e 23 estações operacionais.

Também será substituído o sistema de sinalização e controle responsável pela atual frota de 20 trens. Uma das mudanças mais importantes será a redução no intervalo de espera dos passageiros nas plataformas.

A estimativa é de que o tempo para a chegada de outro veículo caia dos atuais 4 minutos e 30 segundos, em média, para 3 minutos.

Para a vendedora Roberta Costa Pimentel, 34 anos, as alterações podem facilitar a vida de quem depende do transporte metroviário. Ela mora no Guará e usa o serviço todos os dias para ir ao Plano Piloto e, principalmente, a Taguatinga. Reclama do tempo de espera e da superlotação.

"Espero que se resolvam todos os problemas. Durante a época de chuva, as coisas são ainda piores, pois o metrô não anda. Fica, às vezes, até 30 minutos parado", contou Roberta, que ontem esteve no Conjunto Nacional para resolver pendências de trabalho. Estava acompanhada dos filhos Renato, 8, e Rebeca, 10.

Empregos
O Plano de Expansão do Metrô-DF fará com que o sistema chegue a 2011 com 49,2km de extensão e 30 estações. As obras devem criar até 3 mil empregos diretos e indiretos.

A previsão é de que os veículos novos sejam entregues pela Alstom até o início de 2010. Entrarão em funcionamento no mesmo período.