Brasília, sexta-feira, 12 de agosto de 2011 - 17:19
REDE PÚBLICA
Professores agendam paralisação para a próxima terça-feira (16)
Fonte: Correio Braziliense
Em Brasília, a categoria organizará apenas uma conferência para discutir os pontos centrais da reestruturação do plano de carreira. No dia seguinte, 17 de agosto, os professores irão trabalhar normalmente
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) anunciou, nesta quinta-feira (11), paralisação nacional dos professores da rede pública de ensino na próxima terça-feira (16).
Os professores reivindicam o cumprimento do piso salarial profissional nacional (PSPN), que não é respeitado em todos os estados do país e a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que está em tramitação no Congresso Nacional.
Em Brasília, a categoria organizará apenas uma conferência para discutir os pontos centrais da reestruturação do plano de carreira. No dia seguinte, 17 de agosto, os professores irão trabalhar normalmente.
"Estamos há um mês sem negociação do plano de carreira, o trabalho foi suspenso em julho", afirma a diretora do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), Rosilene Corrêa.
Ela explica que o prazo para enviar a proposta do plano para a Câmara dos Deputados acaba em setembro e, até agora, as negociações com representantes do governo não foram retomadas.
"Isso é preocupante", alerta. Rosilene acredita que a paralisação do dia 16 servirá para que a sociedade reflita sobre o papel da educação pública e das condições da rede pública de ensino no país.
O piso salarial da categoria, estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), é de R$ 1.187,08. Distrito Federal, São Paulo e Acre remuneram os professores de acordo com o valor definido pela CNTE, que é de R$1.597,87.
Porém, na região Nordeste, por exemplo, sete estados pagam menos que o piso salarial aos professores com nível médio. No Ceará, os concursados recebem R$ 739,84.
Segundo a CNTE, os gestores públicos alegam a falta de verba para justificar o não cumprimento do piso salarial.
O presidente da Confederação, Roberto Leão, discorda: "Os estados e municípios recebem a verba do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e os municípios que comprovarem que, ainda assim, não possuem recursos suficientes para pagar dignamente os professores, recebem complementação do MEC. O que prejudica o pagamento dos docentes é a má gestão e o desvio de dinheiro público".
O Sinpro-DF também informou que, por causa da paralisação nacional, o MEC decidiu adiar a aplicação das provas da 1ª fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) para 17 de agosto.
Últimas notícias
“Negociado sobre o legislado” desmantelou o Direito do Trabalho
31/10 - 10:35 |
Congresso assegura isenção permanente do IR até R$ 5 mil
29/10 - 11:35 |
Pejotização ameaça conquistas da CLT e fragiliza proteção social, alertam especialistas
28/10 - 18:25 |
Câmara aprova licença menstrual de até 2 dias por mês para mulheres com fluxo intenso; vai ao Senado
28/10 - 16:23 |
PL de Contarato mira fraudes na “pejotização” e promete equilibrar direitos e segurança jurídica
Notícias relacionadas
A pejotização é a nova face da precarização do trabalho
20/10 - 10:24 |
Os invisíveis da educação: sem eles, as escolas não funcionam
20/10 - 9:50 |
O Dia do Professor nasceu de 2 histórias de luta e afeto
16/10 - 10:22 |
Câmara aprova pacote simbólico para educação no Dia do Professor
13/10 - 14:54 |
15 de outubro: Dia do Trabalhador em Educação é celebrado com descanso garantido em Convenção Coletiva

